sexta-feira, 5 de março de 2010

18 anos depois;


acabo de me dar ao prazer de estar aqui com você novamente.
uma pequena organização de tempo está me proporcionando isso. queria dizer que continuo aberta a sugestões de textos e estou com uns bem bacanas para postar já.
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aniversário
(latim anniversarius, -a, -um, que volta, acontece todos os anos)
Diz-se do dia em que se completa um ano ou anos que certo acontecimento se deu.
s. m.Dia de aniversário, dia de anos. (Também se diz aniversário natalício.)

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pois bem, 18 anos cara!
um número de idade que muitos ambicionam. todos sonham loucamente em alcança-los e conquistar assim sua idependencia, parar de depender dos pais, poder dirigir, frequentar lugares abanando a identidade, enfim, poder caminhar e ter a certeza que hoje aqueles passos dados são somente seus. tudo bem que nem tudo é tão simples assim apenas por se ter 18 anos. mas é bom assinar seus proprios contratos.
eu me vi no dia 26 de fevereiro (semana passada), levantando as 5:40 da manhã, me vestindo pra ir ao cursinho e tentando entender o que ocorria a 18 anos atrás. 18 anos atrás daquele momento, minha mãe provavelmente me pegava pela 2ª vez no colo e contemplava aquela carinha de joelho pequena e gorda de dedos dos pés tortos e meu pai continuava a falar a todos que era mais uma menina (sim, somos 4 :D sendo eu a caçula).
essa mais uma menina anos mais tarde já estava maior e corria descalça pela chácara sujando todas as suas barbies na lama, com o pretesto de lava-las com o shampoo cheiroso de melancia que comprou e não ardia nos olhos, por vezes brincava sozinha por suas irmãs serem mais velhas, outras molecava horrores com sua prima se lavando em aspersores. e ai, se inicia uma fase da vida dela, que talvez seja a mair importante e inesquecivel: os anos de escola (você já reparou que na maior parte das vezes pra você se referir a um ano você diz: "quando eu estava na 5ª sériee..."/ as vezes eu defino minha vida como uma vida de escola, pq eu não a imagino sem ter passado por lá).
coleguinhas, coleguinhas! muitos coleguinhas, brinquedos e algumas pequenas obrigaçãos que eram grandes. mas o melhor dessa fase, era descobrir as brincadeiras. professoras se eternizam (e elas ainda trabalham na mesma escola). e quando se descobre que coleguinhas podem ser bem mais, passamos a chamá-los de amigos e esses são mais ainda eternizados. aaah! desse tempo tenho pessoas juntas de mim até hoje. a gente cresce mais um pouco e descobre novos desejos. coisa FUNDAMENTAL, e o mundo escolar se expande, as materias aumentam, os coleguinhas duplicam, e as verdadeiras amizades vão ficando. ai é base de tudo: de conhecimento, tanto intelectuais, quanto pra vida. se prende muitas lições, da do 1º amor a das decepções pessoais. o mundo passa a ser cruel. atingia a adolescencia.
medos, sonhos, frustações e formação pessoal. identidade, personalidade era o que todos querem ter. e no meio desse mundo louco eu quis amadurecer prematuramente. em comparação as minhas irmãs, eu era 6 anos atrasada e como estava na frustada busca pela personalidade eu quis ser como elas. mas eu não podia, era apenas uma adolescente. mas isso tudo me fez criar uma visão de mundo fora de futilidades amorosas e de idolos inatingiveis. eu sonhava, mas tinha os pés noc hão, talvez por isso poucas vezes me ralei nesse caminho.
comecei a realmente me "personalizar" ao completar meus 15 anos. a idade da menina, o verdadeiro conto de fadas sonhado por todas um dia, eu nunca o idealizei, chata eu era. começava a perceber meu lugar no mundo, e que não precisar ser como os outros, pensar como os outros, bastava eu ser simplesmente eu. ai eu amadureci de verdade. foi mais um momento de reviravoltas , onde eu ingressava em mais uma estapa, a ultima de minha vida escolar, ingressava sozinha, pois toda a base de amizades que havia criado seguia outras escolhas, e eu segui a minha (mas isso não nos afastou, diga-ser de passagem, até fez valer o sentido de uma amizade).
precisava conquistar esse novo espaço. trazia comigo duas coisas que sempre me fizeram social: simpatia e um pouco de ingenuidade. eu a perdi toda. na conquista desse novo espaço descobri que o mundo é dos espertos, mas eu não queira ser só esperta, mas boa, porque o mundo tbm era dos bons, mas bonzinho na maioria das vezes so se fudia, eu tentava ser um pouco cruel, eu já havia sofrido um pouco da crueldade do mundo então, mas ser cruel, não combinava comigo; então eu finalmente descobri que o mundo era de quem sabia SER! e eu comecei a ser. ser de tudo um pouco e conquistei o meu espaço e não me trai com isso. e depois de 15 anos de vida eu aprendi isso.
nesse meio tempo, abandonava um pouco aquela adolescente em busca do amadurecimento e FUI me tornando um garota que retomava os sonhos da infância para começar a criar um ideal pra sua vida. e eu vi mais dois anos se passarem voando. vi pessoas que amo partindo para longe, vi meu coração bater mais forte e verdadeiro por um garoto, vi meus olhos encherem de lágrimas ai me despedir de pessoas especiais, vi o mundo cair numa crise, vi meus amigos ainda mais amigos, e continuava a ver minha mãe olhando pra mim. eu segui, e com o fim da minha vida escolar eu vi acabar muitas coisas tbm e me encontrei diante do que sempre almejei: CRESCIMENTO.
eu havia crescido, foram-se mais de 17 anos. foram os choros de madrugada, as sujeiras nas roupasm os shampoos de melancia, as brincadeiras da escola, as tias, os professores, os jogos de queimada que eu odiava, foram pessoas, foram amigas, foram amores. foram-se risadas, sonhos, desejos. se foram cachorros quentes de frango, mikão com coca-cola, choros de despedida. aah! foram os fins de semana no clube, os churrascos, o 1º porre. lá se foi. e foi bom. e não será jamais esquecido. e tudo isso e muitas muitas outras que contribuiram para atingir esse crescimento.
o crescimento me trouxe algo também: a convicção que os sonhos agora vão começar a se realizar e por mim mesma, agora sendo responsável por mim. e assim eu volto a manhã de 26 de fevereiro, depois de passar rapidamente e confusamente um filme de minha vida. grifando o que foi essencial pra chegar onde estou agora e me dá a certeza que ainda tem muitos 18 anos pela frente, para estar comemorando da maneira que for, mas com os amigos seja de infancia, seja de hoje e com sua familia.

e 18 anos e uma semana depois, foi o dia em que nasci e desde então venho comemorando aniversários. quando se é pequeno os pais sempre armam aquela festinha para a familia, onde os 'adultos' se divertem mais que as crianças, e são em geral festas com muita comida, docinhos e bolos cheios de confeitos glacenosos. e a medida que a gente vai crescendo a lista de convidados não se restringe mais a somente familia, ele contem outros convidados que passam a estar presentes (ou não) ao longo dos seus aniversários. e assim, ano após ano vai-se comemorando, com festas, sem festas, bolos na cara, enchendo a cara, presentes inuteis, fotos incomparaveis e mais um milhão de coisas.
enfim, aniversário é uma data comemorativa que ocorre todos os dias pra alguém. e é sempre uma data especial pois marca mais um ano de vida nessa sua existencia terrestre. e dentro desse mundo tão louco que vivemos hoje, um ano a mais é sempre bom :)
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com cabo na aula de español, uma tequila laranjada com esses caras de caipira, meus irmãos.


churras promovido pelas pessoas incriveis que fazem parte da minha vida, pessoas que me conhecem tão bem que me dão azeitonas e farofa pronta de presente, que se vestem com a roupa igual a minha, que tocam rock no violão sertanejo, que cantam roupa nova pq eu adoro, usam all star e me fazem gostar de roxo *-*


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é. bom compartilhar esse momento com vocês.
semana que vem eu trago um post sobre Ambição, bem legal pra gente õ/

obs: é, tô velha;
obs 2: brinquei com minha vó que podia voltar presa pra casa, e ela mandou eu nem voltar :P;
obs 3: a farofa e a azeitona formam os melhores presentes (valeu Jefin!);
obs 4: meus amigos de infãncia são esses dai da foto;
obs 5: eu tô feliz, cansada e feliz!


e Fernando Pessoa, já havia definido o que eu acredito que seja minha filosofia de vida: "O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis".